Wyrd&Ørlög – O Destino na Concepção Nórdica

Prostradas na Fonte de Urðr, onde se fincam as raízes da Yggdrasill, estão as três Nornir (singular: Norn) – deusas fiandeiras, regulando e servindo forças tão grandes e absolutas que os próprios deuses estão submetidos à elas. Para os Nórdicos, o Destino era visto de uma forma um tanto diferente da visão que o ocidente está acostumado hoje; ao compreendê-lo, percebemos a forma que os pagãos se relacionam com seus próprios atos e lidam com conseqüências.

Imagem destacada: Nataša Ilinčić

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Vamos falar sobre Assentamentos

Fala-se muito sobre os assentamentos de guias espirituais. No Brasil o termo é bastante difundido através das religiões de matriz africana como o Candomblé e a Umbanda.

A definição mais comum para o assentamento é a de um conjunto de objetos que carregam simbolicamente elementos arquetípicos que correspondem à alguma entidade, deidade ou egrégora. Sabemos que um altar mágicko, ou mesmo uma pequena estátua, também responderia a esta definição, mas estes costumam ser reconhecidos como “firmeza” pois não carregam todos os signos correspondentes àquela energia que se deseja assentar. Coloca-se desta forma uma diferença sutil entre os termos firmeza e assentamento, mas a grosso modo a sua finalidade é a mesma.

“Assentamento é o local onde são colocados alguns elementos com poderes magísticos, com a finalidade de criar um ponto de proteção, defesa, descarrego e irradiação. Pode ser destinado a uma só força ou poder, ou a várias.” (SARACENI, Rubens. 2014 )

As pessoas falam que os assentamentos pertencem àquelas forças que estão aglomeradas naquele local, ou àquela consciência que se deseja dedicar este ponto de energia, servindo de ponte entre o magista e a energia que ali se firmou. Muito se diz “este é o assentamento de meu orixá de cabeça” ou também “esta é a firmeza de meu Caboclo”. Vamos buscar transcender e aprofundar essa definição, pois ela ainda é superficial.

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Yggdrasil – Os Nove Mundos da Tradição Nórdica Parte.2

No primeiro post, conhecemos os princípios básicos a cerca da Yggdrasill, a Árvore do Mundo no qual a cosmogonia nórdica está apoiada. Agora, iremos conhecer um pouco mais sobre os Nove Mundos que são usados para compreender a realidade. Tomaremos uma abordagem que introduz tanto um ponto de vista mais próximo do mitológico, quanto o daqueles que preferem a visão psicológica.

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O Grande Erro do Yin-Yang No Ocidente

É muito comum hoje em dia. Em todos os lugares, vemos pessoas falando sobre o conceito chinês do yin-yang.

Comparam-no com o binarismo maniqueísta ocidental, falando de bem e mal. Alguns dizem que são energias fundamentais da criação, das quais outras derivam. Outros ainda dizem que são inseparáveis.

É hora de colocar um basta nesses erros conceituais. Yin e Yang não são energias. Não são o bem e o mal. Não são inseparáveis. Não são sequer um elemento essencial da existência como um todo – são tão somente um elemento primordial de nossa existência enquanto seres que existem “entre a terra e o céu”.

Mas vamos explicar isso direito. E para explicar direito, é necessário sabermos o contexto e as ideias que permeiam o conceito de yin-yang.

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Yggdrasil – Os Nove Mundos da Tradição Nórdica Parte.1

A Tradição Nórdica interpreta o Universo na forma da “Árvore do Mundo”, com os Mundos da existência dispostos em seu tronco, raízes e galhos; chamada de “Yggdrasill”, seu nome significa “Cavalo de Ygg” – uma referência ao deus Óðinn (que possui muitos nomes, sendo “Ygg” um deles) e sua autoimolação na Árvore, obtendo o conhecimento das runas e da magia no processo. Em nossa exploração da Magia Nórdica, começaremos entendo sua cosmogonia tanto do ponto de vista da mitologia quanto magístico.

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