Durante minha vida, vi o dinheiro de duas formas:
Ou como um horrendo amontoado de pecados e desgraças, ou como um impalatável jogo de miséria.
Contudo, hoje um espírito amigo, de grande luz e felicidade (provavelmente espírita, então desculpem o palavreado bizarro), trouxe-me uma visão impossível perante minha vista anterior: o dinheiro pode curar!
Sigamos na verdade e na justiça, meus irmãos.
O que é o dinheiro?
O dinheiro é uma força que se move entre os homens e que lhes traz prosperidade e amor. Alguns pensam que é uma mera joia ou moeda, mas acaso uma casa não é dinheiro? Um apartamento, uma fábrica? Sim, todos eles são dinheiros e, por isso mesmo, nem sempre uma casa é um lar, um apartamento uma felicidade e uma fábrica uma conquista. Pois suas bases são meramente dinheiro.
E como podemos dizer que tais coisas curam?
Ora pois, além do trabalho, que é retificador em sua origem, o dinheiro, ou os dinheiros, como no caso das posses e moedas, trazem a nós o amor e a felicidade quando são igualmente tratados dessa maneira. Se tratamos uma casa a ser alugada como algo a ser amado e cuidado, cuidaremos dela com amor e carinho, assim atraindo pessoas boas e inquilinos saudáveis que nos trarão felicidade e contatos. Poderemos ser amigos, companheiros, poderemos construir algo em cima daqueles dinheiros.
Já se temos uma fábrica ou castelo, podemos ali construir um algo que envolva outros, como empregados ou outras pessoas de bem que, em suas jornadas evolutivas, muito nos auxiliem ao percebermos suas empreitadas – enquanto nós também os auxiliamos, provendo as justas bases em que possam construir o seu trabalho edificante. O dinheiro, ou os dinheiros, portanto, é uma fonte de amor, carinho e evolução – desde que seja usado de forma correta.
Usado de forma errada, é como uma fazenda ou farmácia onde tudo esteja estagnado e vencido, ou pobre e esmilinguido. As compotas se perderam, os remédios venceram, de que adiantam?
Devemos sempre plantar no final do inverno, ver brotos na primavera, colher no verão e terminar a colheita no outono, promovendo durante todo esse período mudanças e amores – e assim é também com o dinheiro, como o é com uma fazenda. Se caímos em ganância ou tolices mil, achando que o dinheiro é uma face feia do mundo, claro que cairemos em nós mesmos, em nossos demônios internos e bestas interiores. Mas, se cairmos em felicidade e paz, mesmo que sejamos apenas donos de um negócio e, na verdade, dele não cuidemos, ainda assim estaremos trazendo amor e verdade ao mundo, como parte do nosso caminho evolutivo em si.
Aprender a ter dinheiro não é diferente de ter pobreza – pois ambos são ilusão.
A verdade é que, as forças que movem o dinheiro, são as mesmas que movem os homens e todos os seres – de posse de um corpo físico, estamos em posse das mesmas forças que movem todos os seres físicos, as forças do assim chamado “pai da terra”, do ser divino que permite o movimento de todos os seres em direção a algo maior e melhor.
Ora pois, meramente de se receber rendimentos de algo e com eles crescer em vida e verdade, assim podemos aumentar nossa própria felicidade e também as dos outros. Como podemos dizer que o dinheiro quebra e destrói o homem, se ele tem potencial para ensinar a paciência, o amor, a virtude, o merecimento e a dedicação?
Aquele que se dedica à verdadeira prosperidade é aquele que se dedica a construir, dentro de si, fundações sólidas pelas quais o dinheiro possa fluir, sem ser impedido ou esmilinguido por forças interiores. Ao crescermos juntamente ao nosso dinheiro, estamos como que crescendo juntamente ao nosso corpo – e para isso devemos sempre estar atentos às investidas do inimigo, assim como do nosso próprio comer.
Ao estarmos prontos para essas investidas, cada prova será uma vitória, e cada vitória nos trará elevação espiritual e cura.
Que assim seja.
Amem.