A Primeira Família em um trem que nunca vai chegar

Aquilo que entendemos como “o Mal” nos acompanha desde sempre. Ou desde que o tempo é tempo. Em Adão e Eva, em Caim e Abel. A cada momento em que nos desconectamos do Todo; quando deixamos a humanidade de lado. Sitra Ahra. O Outro Lado. As qlifot, kelipot, qliphoth. As cascas.

A ideia não sabe bem ao judaísmo. Já vimos isso antes. Foram estudantes contemporâneos de outras vertentes da magia que catalogaram e nomearam as cascas. O conceito é antigo, mas, apesar de tudo, ele nunca foi realmente necessário aos judeus para compreender a cabala.

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Cabala Judaica #1: Cabala é mera poesia

Cabala, sod, raz. Torah, instrução. Cabala, tradição.

Um estudante ficou de pé diante da turma e perguntou: “Meu mestre, os acadêmicos de hoje insistem que os textos da Torah são só contos e que o que preservamos é só um conhecimento anedótico de gerações e gerações perdidas na história. Podes responder, meu mestre, se cabala é mera poesia?”

Diz a lenda que, uma vez, há muito, muito tempo, todos sabiam o que o cajado de Moshé simbolizava, assim como hoje todos sabem que três luzes de cores vermelha, amarela e verde formam um semáforo. Ou uma sinaleira, ou um farol. Mesmo que discordassem do nome pelo qual chamar o cajado, a “coisa de bronze”, nechosheth, era algo do cotidiano.

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