Vida x Morte e as Árvores de Mentiras

Dizem que a Árvore da Vida é o mapa da consciência do homem.

Através da Kabbalah Hermética, foram construídas correlações entre esse código que supostamente tenha sido criado pelos judeus e posteriormente absorvido e utilizado por correntes magísticas. Em algum momento, criou-se o conceito oposto das Sephirot, as Qliphot. Muitos a vêem com um oposto complementar, outros como um oposto nefasto. Alguns cabalistas apenas a definem como rejeitos do Criador (o reino de Sitra Ahra, o “outro lado”), onde a luz do criador não toca, a expulsão do paraíso. Alguns também acreditam que ela é desnecessária pois as Sephiroth já possuem estes conceitos em si e não seria necessário outra árvore exclusiva para ela. Vou propor uma visão divergente.

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Um Nome para o Universo

Nomes possuem poder, e inúmeras histórias de todas as épocas nos lembram disto; desde contos folclóricos onde pronunciar o nome verdadeiro de um leprechaun detém suas artimanhas, até livros de fantasia onde certos nomes evocam poderes mágicos. Os magistas estão sempre buscando compreender o macrocosmo ao seu redor – aquela somatória de tudo o que existe, que também se remete a onde tudo se originou. Isto não necessariamente possui um nome, porém nós o demos vários; e hoje, discutiremos de que forma o nome que utilizamos para o macro cria nossa relação com ele.

Imagem destacada: capa de “O Nome do Vento” por Marc Simonetti, mais uma história sobre o poder dos nomes

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AUNTAMAN

Acordem os antigos

Pois o Rei da Morte foi coroado,

As pragas despertaram

Em seu zunido nefasto;

Os coveiros sua sentença irão cumprir,

O celestial perecerá

Até o novo Sol Vermelho, surgir!

AUNTAMAN!

Gritaram todos os devassos

AUNTAMAN!

Todos os ritos estão mortos

AUNTAMAN!

A besta cega grita no céu estrelado!

AUNTAMAN!

A Estrela da Morte brilha sua luz negra.

AUNTAMAN!
Tudo será destruído!

 

kass

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A Trindade Draconiana: Pomba-Gira a Senhora do Desejo

The Awakening of the Will II – Copyright© 2017 Luciana Lupe Vasconcelos 

Seguindo com o segundo texto sobre a Trindade Draconiana, hoje falaremos sobre o arquétipo da Mulher Escarlate, representado popularmente no Brasil pela Pomba-Gira.

No texto anterior Exu o Senhor do Vazio, fiz uma analogia com o arquétipo de Senhor das Trevas. Agora falarei sobre o Arquétipo Pomba-Gira e como ele se encaixa na visão Draconiana sobre o Desejo.

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O Aparato de um Mago – Parte 3

Depois de discutirmos os Instrumentos mais recorrentes na magia prática (parte 1, parte 2), falaremos agora sobre a questão que tanto bloqueia iniciantes: como deve ser a forma física de um Instrumento? Deve seguir instruções tradicionais porém pouco práticas nos dias atuais? Ou é possível adaptar e usar o potencial de nossas Mentes para dar formas mais diversificadas à eles?

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O Aparato de um Mago – Parte 2

Na primeira parte da série, definimos o que é um Instrumento magístico e nos focamos em dois dos principais do hermetismo, o bastão e a taça. Recapitulando, os quatro principais Instrumentos desta linha são os primeiros a serem lembrados na magia prática ocidental e são influentes mesmo em outras correntes.

Continuando, agora serão discutidas a adaga e o pantáculo. Entenderemos a simbologia por trás destes Instrumentos e suas funções mais comuns dentro da prática.

Imagem Destacada: o protagonista de Rurouni Kenshin com sua espada Sakabatou

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O Aparato de um Mago – Parte 1

Depois de entender como a magia funciona, resta a dúvida: o que é preciso ter em mãos para realizá-la? Tradições medievais falam de objetos de ouro e prata, lâminas virgens e madeira colhida no fim de uma estação à luz do luar; as africanas de cabaças, objetos de metal pesado e fetiches; as herméticas de taças, adagas e círculos repletos de símbolos intrincados. Qual é o correto?

Começamos aqui uma série para discutir os itens empregados no trabalho da magia. Analisaremos alguns dos mais conhecidos e suas simbologias, para no fim dela discurtir as funções adotadas em diferentes linhas de pensamento, as formas físicas que podem ter e como encontrar aqueles que se adequem melhor a nós.

Imagem destacada: os Instrumentos de John Dee, expostos no Museu Britânico

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Iluminados LHP – Merlin

Sempre escutamos exaustivamente sobre pessoas “Iluminadas” (seja em graus máximos de ordens, desenvolvimento espiritual ou simplesmente por uma contribuição muito grande à sua comunidade) associadas ao “Caminho da Mão Direita”, ofuscando por completo outras vias de Iluminação. Por isso, iniciamos esta série sobre pessoas que obtiveram um patamar elevado através de Caminhos que associamos com a Mão Esquerda, para que vejam quantas possibilidades temos disponíveis para nós. Como o primeiro, o “Iluminado LHP” arquetípico: Merlin.

Imagem destacada: phongduong

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Egrégoras, Evocação Energética e Shows Musicais

Por mais que muitas vezes nos esqueçamos disso, eventos cotidianos possuem suas próprias egrégoras, energias e repercussão em outros Planos. Shows e outras apresentações musicais estão sempre presentes como exemplos de como um evento comum (nem tanto, neste caso particular…) pode ser poderoso em termos magísticos e aproveitado por alguém com os conhecimentos necessários. Lançamentos de sigilos e consagrações feitas em concertos musicais são poderosos, e um excelente exercício envolvendo egrégoras e manipulação energética.

Imagem destacada: Aerosmith no Allianz Parque, 2016

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O Ginnungagap como um Modelo de Magia

No primeiro post sobre modelos de magia baseados na simbologia nórdica, exploramos um interno baseado na hamr. Agora, discutiremos um modelo mais voltado para o exterior baseado no mito de criação apresentado nas Eddas. Ambos são complementares, e são de grande proveito se usados simultaneamente.

Imagem destacada: o vulcão Eyjafjallajökull, na Islândia. Segundo estudiosos dos mitos, a dualidade “gelo&fogo” pode só ter adquirido a importância que observamos hoje entre os colonizadores da ilha. Uma possível anterior, apontada em poemas rúnicos, pode ser “inverno&verão”.

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