Sobre Consagrações – ou tornando objetos mágicos

Em um treinamento magístico conforme realizado por ordens ou mesmo covens, logo depois de aprendermos um ritual de banimento somos ensinados algum feitiço de consagração. Este ato, que separa um objeto comum para o uso na magia, é um dos mais elementares e ao mesmo tempo um dos mais complexos dentro das práticas de um magista. Se trata do método que cria um Instrumento ritual, embora também seja aplicado para a criação de talismãs. Numa série de posts vamos discutir o porquê, buscando analisar detalhes e trazer ideias que possam aprimorar nossas práticas individuais.

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Porque estudar oráculos

A habilidade de “prever o futuro” ou “ler a sorte” sobre foi associada com magistas; em certos idiomas a origem de palavras que em português se traduzem para “feiticeiro” ou “bruxo” vêm de algo que designava ou adivinho ou oráculo (como “sorcerer” do inglês, que se deriva de “sors” – palavra latina que designava a resposta de um oráculo). Ainda hoje, é muito comum que um magista iniciante procurando orientação em grupos seja indicado a buscar um oráculo e estudá-lo em profundidade.

Mas por quê afinal esta habilidade é tão importante? Onde ela impacta no desenvolvimento e prática do magista? E afinal: como é que os oráculos funcionam? Irei expor aqui meu ponto de vista sobre essas questões.

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Bibliografia Recomendada

Estamos organizando esta página com recomendações de livros para o estudo mágico. Buscamos livros que tenham edição brasileira e estejam disponíveis na Amazon, todos com links (que ajudarão o Platinorum caso seja concluída uma compra iniciada através deles). Também estão incluídos alguns livros cuja edição digital foi disponibilizada gratuitamente pelo autor. Quando estes livros já tiverem sido detalhados em um post de recomendação, também deixaremos o link para ele!

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Teoria Popmagick: RPG, atributos e mágic(k)a

“Popmagick” é um termo cunhado na magia do caos e popularizado por Grant Morrison (que também é quadrinista), e designa a apropriação de ícones da cultura pop para a prática magística. Embora este texto seja uma discussão mais conceitual, podemos dizer que ela faz parte da popmagick – usaremos ideias vindas do RPG de mesa para debater diferentes relações entre o magista e a própria magia.

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Amuletos, Talismãs e a Magia em Objetos

Logo após os banimentos, o próximo passo que costuma a vir em currículos de aprendizado magístico costuma a ser a consagração – tornar um objeto mundano uma ferramenta mágica. Este ritual muitas vezes irá gerar um amuleto ou talismã, que estão desde no imaginário popular até em intrincados diagramas feitos de metais raros. Vamos discutir o conceito desse tipo de magia e toda a versatilidade que pode assumir.

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A Essência da Tradição

A palavra “tradição” nos remete a um apego a um cânone de um determinado grupo, que é passado de geração em geração. Atualmente ela se vê manchada por uma relação com o conservadorismo (que visa tornar este cânone imutável, o que muitas vezes o faz ficar obsoleto quanto a mudanças sociais e gerar problemas), e dentro do meio ocultista protagonizando embates (sobre a necessidade de um cinto de couro de leão) entre magos que se debruçam sobre pantáculos salomônicos e aqueles pragmáticos e pós-modernistas que se denomeiam “caotes”. Tudo isso são reflexos do aspecto mais superficial da “tradição”; buscaremos aqui um mais profundo, que por falta de termos adequados será referido como “Tradição” (com inicial maiúscula).

Imagem destacada: Obon Matsuri, festival tradicional japonês

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