
Passamos Lilith, Gamaliel, Samael, Oreb Zaraq e chegamos a Thageriron. Cada vez que avanço, a experiência é mais vazia. Ou talvez seja mais difícil trazer para cá o que eu vejo.
Passamos Lilith, Gamaliel, Samael, Oreb Zaraq e chegamos a Thageriron. Cada vez que avanço, a experiência é mais vazia. Ou talvez seja mais difícil trazer para cá o que eu vejo.
Passamos por Lilith, Gamaliel, Samael, chegamos em A’arab Zaraq. Essa escolha de nomes ainda me confunde. É mais fácil seguir a trilha de sensações deixadas pelas diversas linhas de pesquisa que já trilharam o percurso do que buscar a origem dos nomes na árvore (ou nos túneis).
Não vim dizer que há uma árvore hermética das personagens de Russian Doll. Isso não é trabalho deste blog. Mas são referências judaicas modernas tanto o uso dos anjos, o desaparecimento de personagens, o uso simbólico dos espelhos e a importância de salvar uma vida.
A discussão sobre a definição de Vontade nos estudos contemporâneos da cabala parecem sempre girar em definições circulares, como um ralo que nunca esvazia a pia.
Tentei condensar a explicação em algumas metáforas simples. A questão é que “vontade” é uma palavra usada no dia-a-dia, mas não está aqui com esse significado cotidiano. Isso acontece com termos técnicos.
Seu nome e sua barganha_
Você recebe um guardanapo de uma pessoa desconhecida. Ela não fala nada, talvez nem faça contato visual. Ela só deixa um guardanapo com algum tipo de anotação nele. Não é um número de telefone.
Ani não se lembrava de ter instalado o aplicativo. O ícone se parecia com um olho ressecado, fechado, avermelhado, rasgado de vasos sanguíneos. A imagem a incomodava, mas não deu bola. Ficou ali perdido entre o iFood e o Pokémon Go. Como nunca o usasse, até tentou desinstalar. Deu erro.
Começou com uma mensagem estranha, a primeira de muitas:
Em Chanuka, o costume judaico é acender um candelabro, chamado chanukiah, com oito velas. Chanuka é uma festividade de 8 dias. A cada noite acendem-se o número de velas do dia respectivo. Uma na primeira noite, duas na segunda noite, três na terceira… Mas, se você prestar atenção, verá que as representações da chanukiah têm 8 velas. A chanukiah de verdade tem 9 velas. A nona vela é chamada de shamash.
Alguém perguntou sobre o cigarro no judaísmo. Sendo o suicídio condenado na religião judaica, alguém perguntou, não seria o fumo uma espécie de suicídio lento e portanto proibido? Nosso rabino respondeu que não, e acendeu seu cigarro.
Há uma questão (taxonômica talvez) aqui: quão devagar seria permitido causar mal a si mesmo e ainda não ser classificado como “suicídio”? Quero dizer, seria permitido pelo judaísmo, em algum grau, fazer mal a si mesmo? Aqui me parece que há a questão do ponto de partida e do caminho desejado.
Holobionte: ser vivo (teórico) formado pela soma de organismos (micro e macro) que estão em simbiose. Nós, nossas bactérias e nossos vermes.
A discussão sobre o conceito não é tanto se a teoria está correta, mas, sim, se ela é necessária. Não vale a pena simplesmente aceitarmos que consciência e decisão não são tão individuais assim?
Practognose: conhecimento prático e corporal que precisa ser acessado sem a consciência/cognição, porque é interrompido por processos cognitivos conscientes. Quem dança ou pratica artes marciais entende bem o conceito.
O termo foi cunhado por Merleau-Ponty, mas não costuma ser muito utilizado fora de estudos específicos. É mais fácil encontrar o termo “apractognose”: incapacidade de por em prática habilidades motoras, como vestir as roupas. Diferente de falta de coordenação motora ou falta de cognição, a apractognose aparece na aplicação da ação nessas habilidades do dia-a-dia, que deveríamos ser capazes de fazer sem problemas, mas que, por algum motivo, quem sofre de apractognose não é capaz de completar.
Alguns cuidados iniciais.
Eu vejo que muitas pessoas têm dificuldade de separar Geburah e raiva. Não são a mesma coisa. Geburah não é destrutiva. Pelo menos não mais do que qualquer outra esfera isolada. (Vocês não querem experimentar Chesed sem a restrição de Geburah.)