É catoptromancia ou necromancia?
Eu diria que depende de acreditarmos que Maria é um espírito ou uma construção coletiva.
Eu diria que depende de acreditarmos que Maria é um espírito ou uma construção coletiva.
Alguns pontos rápidos:
Primeiro: é um texto de — pelo menos — 25 séculos atrás.
Segundo: não se lê Levítico 18 sozinho (ou Vaiykrá 18). O capítulo faz parte da Parasha Acharê, na qual fazem parte os capítulos 16, 17 e 18. Esses capítulos apresentam uma série de mandamentos (mitzvot) positivos e negativos. Ou seja, diz o que um judeu deve e não deve fazer.
Terceiro: “Ein apotropos le arayot” — ninguém é guardião da sexualidade de ninguém.
A discussão sobre a definição de Vontade nos estudos contemporâneos da cabala parecem sempre girar em definições circulares, como um ralo que nunca esvazia a pia.
Tentei condensar a explicação em algumas metáforas simples. A questão é que “vontade” é uma palavra usada no dia-a-dia, mas não está aqui com esse significado cotidiano. Isso acontece com termos técnicos.
Seu nome e sua barganha_
Você recebe um guardanapo de uma pessoa desconhecida. Ela não fala nada, talvez nem faça contato visual. Ela só deixa um guardanapo com algum tipo de anotação nele. Não é um número de telefone.
Por que D’us deixa o mal acontecer?, você me pergunta.
Eu sou um dos Seus anjos mais leais.
Eu livro o mundo do Mal que ninguém quer acreditar que existe.
Ela se chama Jeanette no Sul do Brasil. No Sudeste a conhecem como Janete. Um amigo, vindo do Nordeste, jura que ela se apresentou como Maria João. O pessoal do Norte conta que ela era casada com o boto e vem alertar os maridos nas estradas que as esposas correm risco de serem levadas pelo homem do chapéu branco. A gente do Pantanal diz que, se ela aparecer por lá, morre de novo.
É lenda urbana comum entre caminhoneiros. Pudera, se ela viaja na boleia Brasil a fora, procurando um novo pobre diabo para levar consigo. Deve ser fácil chegar aonde quiser.
Ani não se lembrava de ter instalado o aplicativo. O ícone se parecia com um olho ressecado, fechado, avermelhado, rasgado de vasos sanguíneos. A imagem a incomodava, mas não deu bola. Ficou ali perdido entre o iFood e o Pokémon Go. Como nunca o usasse, até tentou desinstalar. Deu erro.
Começou com uma mensagem estranha, a primeira de muitas:
Em Chanuka, o costume judaico é acender um candelabro, chamado chanukiah, com oito velas. Chanuka é uma festividade de 8 dias. A cada noite acendem-se o número de velas do dia respectivo. Uma na primeira noite, duas na segunda noite, três na terceira… Mas, se você prestar atenção, verá que as representações da chanukiah têm 8 velas. A chanukiah de verdade tem 9 velas. A nona vela é chamada de shamash.
Alguém perguntou sobre o cigarro no judaísmo. Sendo o suicídio condenado na religião judaica, alguém perguntou, não seria o fumo uma espécie de suicídio lento e portanto proibido? Nosso rabino respondeu que não, e acendeu seu cigarro.
Há uma questão (taxonômica talvez) aqui: quão devagar seria permitido causar mal a si mesmo e ainda não ser classificado como “suicídio”? Quero dizer, seria permitido pelo judaísmo, em algum grau, fazer mal a si mesmo? Aqui me parece que há a questão do ponto de partida e do caminho desejado.
As pessoas buscam fama na internet, porque, no fundo, não acreditam.
Não acreditam que seus crochês são bem costurados, que suas sobrancelhas foram bem desenhadas, que leram os livros certos, que o que fazem da vida é importante. Precisam confirmar que estão certos.
Aos berros, querem convencer que nazismo é de esquerda, que a Terra é plana, que migrantes a pé são um Walking Dead da vida real, que vencedores de Reality Shows são pessoas legais, que, se eles não podem abortar, ninguém mais pode, que todos devem se sentir culpados por gostar de mais de uma pessoa que de outras, que o sapato de solado vermelho é sempre do mesmo número mas serve em todo pé.
Precisam impor justiça, porque seu deus é impotente.