As Duas Mãos de Deus

Não há dúvidas de que a evolução de apenas um pequeno princípio da consciência traz também o entendimento de muitos mistérios relacionados aos campos do esoterismo. De uma pequena descoberta interna que fiz, inicio agora um conjunto de textos que irá discutir temas muito mais abrangentes – mas ainda assim tão importantes quanto e muito relacionados a nossa vida material diária. Buscando a união do divino com o material, para que entendamos uma das formas pelas quais o espírito se conecta à matéria, prossigamos.

 

 

Duas Mãos

Nos meios esotéricos, é muito comum ouvirmos termos como “mão direita” e “mão esquerda”. Por exemplo, dizemos que o Satanismo segue o “caminho da mão esquerda”, enquanto o Martinismo segue o “caminho da mão direita”. Dizemos ainda que há o caminho do meio, mas quanto a esse, explicaremos mais em outro post.

Pois bem.

Esses termos, isso é, caminhos da mão esquerda, direita e do meio, vem da tradição Hermética, e foram popularizados a partir de alguns de seus iniciados, como a autora Dion Fortune. Sua simbologia está atrelada à Kabbalah e, mais especificamente, à Árvore da Vida hermética.

Entendamos.

 

 

A Árvore da Vida Hermética

No judaísmo, há uma estrutura que relaciona as Sephirot segundo as ligações e posição que ocupam uma em relação à outra e à proximidade das mesmas do plano material. Essa estrutura é chamada de Árvore da Vida e, nos estudos dos herméticos dos séculos XIX a presente data, tomou importância como uma estrutura que, segundo muitos autores, como Crowley, transcende o judaísmo.

A árvore da vida em si possui muitos significados e inúmeros usos. É uma estrutura fractal, que se desdobra em inúmeras interpretações segundo o uso que se faz dela. Podemos dizer que ela seja uma ferramenta simbólica para organização memética da realidade, uma espécie de “mapa” que pode ser usado para traçar as relações entre duas partes de um mesmo todo, desde que esse todo seja corretamente definido.

Explicado isso, entendamos os caminhos ou vias.

 

 

As Vias e os Pilares

Como podemos perceber pela imagem acima, a Árvore da Vida usada pelo Hermetismo possui Sephirot (esferas) ligadas entre si por Caminhos. Cada Caminho denota a forma pela qual uma Sephira se comunica com outra – a energia intermediária que deve ser buscada para se transmutar uma essência de determinado tipo em outra, tanto quanto para se acessar uma Sephira com a consciência, caso desejemos sair dela e partir a outra. Dentre esses caminhos, há quatro que são de grande importância, que chamaremos de Três Pilares e uma Via.

Os Três Pilares ou Três Caminhos são os seguintes:

Binah – Geburah – Hod – Malkuth

Kether – Daath – Tipheret – Yesod – Malkuth

Chockmah – Chesed – Netzach – Malkuth

Kether – Chockmah – Binah – Daath – Chesed – Geburah – Tipheret – Netzach – Hod – Yesod – Malkuth.

 

Mao esquerda

O primeiro (Binah – Geburah – Hod – Malkuth) é chamado Pilar da Severidade, e aqueles que seguem um Caminho Espiritual baseado em um uso constante e regular de suas forças são aqueles que seguem o Caminho da Mão Esquerda.

 

centro

 

O segundo (Kether – Daath – Tipheret – Yesod – Malkuth) é chamado Caminho Sacrificial ou da Auto-Imolação, e aqueles que seguem um Caminho Espiritual baseado em uso constante e regular de suas forças são aqueles que seguem o Caminho do Meio.

 

mao direita

 

O terceiro (Chockmah – Chesed – Netzach – Malkuth) é chamado Pilar da Misericórdia, e aqueles que usam suas forças constantemente, seguindo um Caminho Espiritual nele baseado, são aqueles que seguem o Caminho da Mão Direita.

 

Já o quarto (Kether – Chockmah – Binah – Daath – Chesed – Geburah – Tipheret – Netzach – Hod – Yesod – Malkuth) é chamado Caminho da Espada Flamejante ou do Raio, e aqueles que o seguem e utilizam todas as suas energias não são considerados parte de nenhum caminho espiritual em especial, compreendendo a maior parte da humanidade.

 

 

 

O Que Isso Significa

Ao dizermos que uma pessoa segue o Caminho da Mão Esquerda ou o Caminho da Esquerda ou da Severidade, queremos dizer que essa pessoa faz um uso constante e forte de energias relacionadas ao pilar da severidade, inclusive em suas práticas magísticas e de elevação pessoal. Energias relacionadas à Compreensão (Binah) do mundo, da Disciplina e poder de Guerra (Geburah) e do poder mental analítico e calculista (Hod) são enfatizadas nessas pessoas e em seus treinamentos esotéricos, buscando a evolução por meio do processo de subida e descida entre as esferas do Pilar – por meio de uma Compreensão Rudimentar (Binah), seguem-se a Coragem e Disciplina para a prática mágica (Geburah), que se une à capacidade de Cálculo e Estratégia (Hod) para realizar a ação mágica em si (Malkuth).

Dessa prática mágica, por sua vez, quando realizada (Malkuth), surgem Dados, Pistas e Enigmas (Hod), assim como força, experiência e poder (Geburah), que, por fim, dão origem a maior Compreensão do universo (Binah). Esse caminho chama-se da “esquerda” porque, ao olharmos para a árvore da vida, apresenta-se do lado esquerdo de quem olha. Porém, do ponto de vista das forças divinas relacionadas, ele está relacionado à “mão direita” de deus (ou mais especificamente, de Adam Kadmon), que se localiza justamente por sobre essas esferas. É o caminho da mão destra da humanidade, representando a capacidade humana de perceber, resolver, planejar, agir, colher os frutos, analisar, fortalecer e compreender mais a partir desse processo.

 

 

Já ao falarmos que a pessoa segue o Caminho do Meio ou do Auto-Sacrifício, falamos de uma pessoa que está em constante contato com o Todo, com o Universo em si (Kether), e que, mesmo obscurecida e incapaz de notar a Totalidade de seu Contato (Daath) recebe em sua Essência Profunda o impulso de agir (Tipheret), gerando assim um Impulso Emocional divino (Yesod) que a leva a realizar a ação por fim (Malkuth).  Realizada então a ação (Malkuth), as reações são emocionalmente recebidas (Yesod), transferem-se para a esfera da Essência como um sopro divino (Tipheret), travessam a capacidade do conhecimento próprio (Daath) e alcançam o Universo como um todo (Kether). Chama-se caminho do Meio, pois está localizado ao centro da imagem da árvore da vida, e representa normalmente o caminho daqueles místicos e magos “desmiolados” que, mesmo sem saber o porquê ou como agem, conseguem canalizar alguma coisa que lhes permite agir em concordância com padrões não-mentais, normalmente seguindo as necessidades do Todo a que estão conectados.

 

 

Seguindo, podemos então analisar aqueles que seguem o Caminho da Mão Direita, localizado por sobre o pilar da misericórdia. Essas pessoas constantemente utilizam-se de energias do Impulso Caótico e Criativo (Chockmah) para gerarem um estado de Graça e Generosidade (Chesed) que lhes permite acessar um mundo Simbólico e Inconsciente, de grande força (Netzach), assim por fim realizando efeitos no plano físico (Malkuth). Daí, ao receberem as consequências desses efeitos (Malkuth), as processam a nível Simbólico e Inconsciente (Netzach), recebendo assim maior poder de doação (Chesed) e se tornando dessa forma mais livres, caóticos e fálicos (Chockmah).

 

 

E, por fim, ao analisarmos aqueles que seguem o Caminho da Espada Flamígera (ou flamejante) vemos pessoas cujo Contato com o Todo (Kether) se manifesta em um Impulso Caótico e Desordenado (Chockmah) que depois se organiza em um Conhecimento (Binah), que, ocultado aos próprios olhos da pessoa (Daath) e se manifesta como uma abertura ou generosidade (Chesed) para o novo, a qual imediatamente transfere-se para uma postura de implementação do novo (Geburah), assim dando energias à criação de uma Visão ou Utopia (Tipheret) a qual gera seu próprio Simbolismo (Netzach) que será racionalmente organizado (Hod) gerando assim um efeito ou impulso emocional (Yesod) que por fim moverá a pessoa em direção à realização da ação em si (Malkuth).

 

A isso chamamos o Caminho da Espada Flamejante. Porém, sabemos que esse caminho também se manifesta ao contrário – isso é, vindo de Malkuth até alcançar Kether. Isso não ocorre em muitos casos, mas quando ocorre, chamamos de Caminho da Serpente ou da Sabedoria.

Ele se desenrola da seguinte forma: As consequências das ações (Malkuth) se desenvolvem em impulsos emocionais (Yesod) que geram imagens e pensamentos (Hod), os quais ativam a simbologia oculta e inconsciente (Netzach). Essa ativação leva a um contato com a própria essência (Tipheret) que leva então a geração de poder pessoal (Geburah) o qual será dispersado com a geração de abertura e generosidade (Chesed), que, incapaz de ultrapassar o veu do conhecimento (Daath), ainda assim afeta a compreensão daquele que agiu (Binah), e, assim, também o impulso fálico original de onde partiu seu poder (Chockmah). Alterado esse impulso, altera-se o Todo a que a pessoa está conectada.

Isso é o que significa seguir qualquer dos quatro caminhos herméticos e também o motivo pelo qual pode-se, com o uso do hermetismo, classificar outras doutrinas e religiões como de mão esquerda, direita ou de centro, mesmo que elas não incluam qualquer conhecimento hermético ou sequer semelhança com a Árvore da Vida. Assim, podemos dizer que a religião nórdica é predominantemente de mão esquerda, pois trabalha muito com o caminho Compreensão – Disciplina – Planejamento – Execução; que a religião budista é predominantemente de centro, pois trabalha muito com o Contato com o Todo – Esquecimento – Impulso da Essência – Impulso Emocional – Ação; enquanto ordens como a Golden Dawn ou a Fraternidade Rosa-Cruz seriam de mão direita, pois seu foco principal de ação são as forças de Caos – Bondade – Símbolo – Ação.

 

 

Mas Tem Uma Coisa…

Essa classificação é frágil e superficial!

Não somente um estudo aprofundado mostrará que a Rosacruz possui muito planejamento e estudo dirigido (Hod), como também que a religião nórdica possui muita conexão com simbolismos (Netzach). Isso sem nem sequer precisarmos mencionar o quanto o budismo trabalha com a mente, tanto em suas expressões mais concretas (Hod) quanto em suas expressões mais fluidas (Netzach).

Em outras palavras, não existe caminho exclusivamente de mão direita ou esquerda! Todos os caminhos não só se encontram no destino (seja ele Malkuth ou Kether), como também todos os caminhos espirituais são, em última análise, caminhos de crescimento espiritual e, por isso, expressões do caminho da Espada Flamígera original que gerou nossos espíritos em primeiro lugar.

A própria evolução do espírito humano terrestre segue, por reflexo, esse caminho – há um impulso do Todo que passa por todos os estágios até que se Manifeste um Espírito. E esse espírito, por sua vez, passa por todos os estágios, iniciando do local de sua manifestação (que é o seu Malkuth) até encontrar a conexão com o todo novamente – onde os autores discordam quanto ao que exatamente ocorre, sendo a dissolução do espírito no todo e a evolução do espírito para uma forma semelhante à do todo, mas dele separada, opções muito populares.

Assim, quando dizemos que Asatru é de esquerda, que rosa-cruz é de direita ou que budismo é de centro, estamos fazendo uma assertiva superficial quanto à posição do paradigma mencionado dentro de uma ordem hermética. Normalmente, como nos casos citados, essa posição se deve a uma análise de qual é a forma de trabalho mais comum dentro dessa ordem.

A magia nórdica utiliza-se muito da tríade Binah-Geburah-Hod para manifestar a magia, por exemplo, por meio do conhecimento cosmológico que, seguido de intenção disciplinada, permite o uso das Runas para realização de feitiços e magias diversas. Já a R+C utiliza-se muito da tríade Chockmah-Chesed-Netzach em seus processos que possuem foco na Alquimia Interna, enfatizando a natureza ilimitada do universo como fonte de energia e motivação para que seus membros manifestem uma postura de Doação e, assim, consigam acessar mais facilmente o universo simbólico – efetivamente se tornando magos que usam símbolos e o acesso a esses símbolos para transformar o universo. Por fim, o budismo foca muito na natureza Transcendente da Totalidade das Coisas (Kether), que, em seu Mistério (Daath) ainda assim guarda, inserida em si, a nossa Essência (Tipheret) a qual deve ser liberta de nossas emoções e tendência a reagir ao mundo (Yesod) para nos permitir agir no mundo de forma a nos desligarmos dele e de seus ciclos (Malkuth).

Nesse sentido, analisando-se essas práticas, assim como o tipo de estado de espírito e crença necessários para alcançá-las, temos uma justificativa para dizer que a Asatru é de mão esquerda, que budismo é de centro e que R+C é de direita. Mas apenas nessa observação, pois os verdadeiros trabalhos espirituais deles, assim como a verdadeira elevação espiritual, acabam ambos seguindo o caminho da serpente como consequências do caminho da espada flamígera.

Mas, claro, tem sempre algo que incomoda muito ao falarmos nesse tema…

 

Como dizem que é….

 

Demônios, Goécia e Jesus

Em uma análise superficial, o cristianismo prega a consciência de uma força paternal superior (Chockmah) que deve ser o motivo pelo qual devemos praticar bondade e generosidade (Chesed) para termos acesso aos mistérios simbólicos do mundo (Netzach) e assim nele agirmos (Malkuth). Dessa forma um místico cristão cura um pobre-coitado usando o símbolo de um peixe ou uma estrela-do-mar.

Desde que o deus fálico (Chockmah) seja a fonte da misericórdia (Chesed) o místico cristão poderá usar praticamente qualquer símbolo (Netzach) que represente para ele essa misericórdia (como um Peixe, carneiro ou deuses de outros panteões até) para realizar seus feitos místicos no mundo físico (Malkuth). Nesse ponto, podemos dizer que o cristianismo místico é parte do caminho da mão direita.

E entramos em um puto problemão. Se o cristianismo é de direita, isso significa que o satanismo é de esquerda? Se o satanismo é de esquerda, isso significa que necessariamente tudo que for de esquerda trabalhará com qliphot, demônios, possessão? Se o cristianismo, sendo de direita, prega que devemos fazer o bem aos outros, o caminho da mão esquerda prega que devemos fazer o mal aos outros?

Não misturemos alhos e bugalhos.

 

Como deve ser.

 

O cristianismo ser de direita não significa que os outros caminhos são ruins ou errados.

Primeiro, porque nem todo o cristianismo é de direita. Ao analisarmos algumas de suas partes, vemos claramente chamados à disciplina, principalmente espiritual (Geburah), assim como à capacidade de deixar brilhar a própria luz interna (Tipheret), além da conexão com um Todo que está além da figura do patriarca (Kether).

Segundo, porque o caminho da mão esquerda não é o oposto do caminho da direita. O caminho da mão esquerda é complementar e equilibrador do caminho da direita, e apenas com ambos é possível evitar que as energias fiquem excessivas e levem a qliphot.

 

Um excesso de uso do caminho da mão direita, atrofiando as sephirot da esquerda no mago, levará à queda nas qliphot relacionadas – isso é, às qliphot de Chockmah, Chesed, Netzach e Malkuth. Os sintomas serão o caos infértil, normalmente machista, o autoritarismo, a ação inconsciente com aumento da força da Sombra e a geração assim de ações inúteis que trazem miséria – a si e/ou a outros.

 

 

Um excesso no caminho do centro, com atrofia das esferas da esquerda e da direita, levará à queda nas qliphas de Kether, Tipheret, Yesod e Malkuth. Os sintomas serão o contato com apenas partes da realidade, o que levará a atos de traição, o orgulho inútil, o conflito emocional e, novamente, a realização de ações que trazem miséria.

 

 

Já um excesso no caminho da esquerda, com atrofia das esferas da direita, levará à queda nas qliphas de Binah, Geburah, Hod e Malkuth. Os sintomas serão a perfídia ocultadora, normalmente perversa, a ira, a mentira e as ações que trazem miséria.

Claro, quadros ainda piores podem se seguir, uma vez que a queda em uma única qlipha normalmente é suficiente para iniciar uma reação em cadeia que leva o mago a, gradualmente, cair também em outras – sendo um sistema interconectado, a árvore da vida interior do mago tende a se corromper quando está havendo um processo de queda, e tende a se retificar quando está havendo um processo de ascensão. Assim, ao vermos por exemplo as ações dos membros da Fraternidade Rosa-Cruz e da Tradicional Ordem Martinista perante o sistema da Goécia, podemos perceber os sinais de queda por atrofia.

Mesmo que o mago siga as instruções do grimório corretamente, comande os demônios em nome do deus cristão e somente produza com isso o bem, haverá tendência dos membros caídos dessas ordens em se tornarem caóticos, autoritários, inconscientes e criadores de miséria quando em contato com tais pessoas. O mesmo se aplica a membros de ordens satânicas (ou com neo-ateus, diga-se de passagem, visto que o neo-ateísmo possui características típicas dos caminhos de mão esquerda). Ao entrarem em contato com os cristãos, por exemplo, tendem a tornar-se pérfidos, irados, mentirosos e ruinosos.

Há queda e desgraça para serem evitadas, não importa qual caminho espiritual a pessoa escolha para seguir. De fato, até mesmo a escolha de um caminho pessoal totalmente novo, digamos, um caminho onde a pessoa utilize-se de impulsos de sua Essência (Tipheret) para produzir imagens mentais (Hod) e então agir a partir delas (Malkuth), há ainda a possibilidade de queda.

No caso acima, por meio de orgulho, mentira e ruína.

Em outras palavras, nem a esquerda nem a direita, nem nenhum caminho espiritual é “bom” ou “mal”. Nenhum necessariamente trata com demônios ou qliphot. Nenhum necessariamente tem de se abster deles. Ordens, doutrinas, religiões, filosofias e dogmas é que possuem esses conceitos e os aplicam a suas práticas mágicas.

O que nos traz a uma outra fonte de confusões…

Sexo Sagrado (e profano também).

Mas falemos disso nos próximos textos.

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6 Comentários

  1. Muito bom. Sempre discordei um pouco (ainda que internamente) da divisão meio maniqueísta de “esquerda” e “direita” que muitos fazem – com certo ar de afirmação. Penso que no caminho espiritual nem tudo é preto no branco.

    Parabéns pelo excelente texto.

  2. Não considero o Cristianismo de Direita, mas de Centro. “Ninguém vem ao Pai senão por Mim”, teria dito o Hierofante Nazareno. Ninguém vai a Kether, senão por Tiphereth. Há séculos que o Cristo (e Mikhael) é identificado com Tiphereth, cuja Noiva é sua Igreja (Kehilah) redimida em Malkhuth (Hê inferior de YHVH). A

    1. O “pai” é a figura de Chesed, e Yeshua é costumariamente visto como Tipheret (porquê hermetista tem tesão com isso), mas suas ações e ensinamentos são mais alinhadas com Netzach.

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